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Veganismo: redescobrindo os sabores pelo respeito aos animais

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O Instituto Ibope conduziu uma pesquisa por dois anos consecutivos, a qual indicou que no Brasil 8% da população se declara vegetariana. Isto corresponde a 16 milhões de vegetarianos, adotando o pressuposto conservador de que esta porcentagem não aumentou.  Não há pesquisa no Brasil sobre o número de veganos. Porém, é possível considerar a porcentagem de veganos (entre os vegetarianos) nos países em que pesquisas recentes foram conduzidas, e assim inferir o número de brasileiros veganos, conforme a seguir: Nos EUA, cerca de 50% dos vegetarianos (16 milhões de pessoas) se declararam veganos em pesquisa recente do Instituto Harris Interactive; No Reino Unido, cerca de 33% dos vegetarianos (1,68 milhões de pessoas) se declararam veganos (Ipsos MORI Institute). Se adotarmos a porcentagem mais conservadora (33%), temos que dos 16 milhões de brasileiros vegetarianos, cerca de 5 milhões seriam veganos.  Sobre o assunto, a Revista Dicumê entrevistou a jornalista...

Ensaio: O caminho da horta

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Dona Maria Lúcia, 51 anos, p lanta e cultiva verduras como alface, cheiro verde e cebolinha, na horta comunitária do Dirceu II, Zona Sudeste de Teresina. Vende para clientes que vão à horta e para pequenos comércios na região. Fotos: Germano Portela

Um sushi nordestino

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Em tempos de globalização, a gastronomia adapta o internacional ao regional. O sushi, uma especialidade japonesa, tem ganhado novos paladares mundo a fora. Mas sua desterritorialização trouxe a necessidade de se renovar para atender o gosto de cada região.  Quando fui convidada por amigos para comer esse prato japonês pela primeira vez, o obstáculo inicial era conseguir manusear aqueles pauzinhos, conhecido como hashi. Mas o pior veio em seguida, engolir um arroz grudento com uma fatia de peixe cru sem tempero. Posso estar sendo rude em falar dessa maneira, porém é a sinceridade de uma brasileira acostumada com temperos forte do Nordeste do Brasil: sal, pimenta do reino, frituras, caldos quentes e aquele arroz soltinho.  Foto: Reprodução/ Internet Depois de um longo tempo traumatizada com aquele gosto estranho, decidi experimentar novamente. Dessa vez, pude perceber que tinha opções diferentes no cardápio, um sushi chamado hot. O que era? Um sushi quente ...

"Vai comer ou vai tirar foto?”

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Fotos e vídeos exibindo extravagâncias, dotes culinários, turismo gastronômico, pratos favoritos, belas louças e aquele restaurante da moda, ditam um ritmo agitado nas redes sociais. Afinal, a que se deve essa avalanche de informações compartilhadas sobre o que se come? E, mais importante, por que há uma seleção desse conteúdo divulgado online?  O psicólogo Luiz Gomes analisa a exposição de pontos que constroem a nossa narrativa online como algo bem particular. Porém, logo depois que enviamos um sinal, não temos mais domínio de como ele será recebido.  Nesse sentido, mostrar o que comemos nessas redes também faz parte de um processo de construção de sentidos. “Expor o que a gente come está diretamente ligado ao que queremos expor de saúde, de corpo saudável, bem estar, sucesso e beleza. Quando selecionamos os pequenos recortes dos nossos cotidianos nesses espaços, isso inclui em como queremos ser percebidos pelos outros”, avalia o psicólogo.  ...

Nova série da Dicumê: um mergulho nos mercados populares de Teresina

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O segundo episódio da série “Temperos, histórias e memórias – Mercados Públicos” da Dicumê traz o Mercado do Dirceu e sua feira dos arredores nos dias de domingo. A feira começa cedo da manhã e vai até meio dia, e nesse meio tempo movimenta todo o bairro, atraindo uma grande quantidade de compradores.  Neste episódio, os vendedores e compradores nos contam histórias, falam sobre o dia a dia do trabalho no mercado e sobre o hábito de se ir ao mercado, tradição nos bairros teresinenses.

A história da bomba

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Entrevistamos Marlene Ferreira num sábado de manhã, na Potycabana. Marcamos a entrevista para dez horas, mas chegamos lá um pouco antes. Fazia sol e ventava bastante, o que deixou a conversa agradável, enquanto todos ouvíamos atentamente as histórias da simpática senhora.  Dona Marlene conta a história da bomba (Foto: João Victor/ Dicumê) Dona Marlene tem 83 anos, e inventou, quase por acaso, uma das comidas mais populares do Piauí: a bomba. Fez, provou, gostou e decidiu vender aquela novidade, ao invés de ter deixado de lado aquela ‘bomba’. “Estava fazendo esfirras com meu irmão, e sobrou um pouco de massa. Recheei com queijo e presunto e pedi: Reinaldo, frita aí essa bomba. Ficou bonita, aquela bola, depois dividimos pra nós dois e outros dois funcionários e comemos”, conta Marlene. De pronto ela já conta a história, como se já estivesse falado a outros ouvidos várias outras vezes. Mas queríamos ir além da bomba em si, e saber outras histórias de vid...